Do analógico ao surreal, a nova era da publicidade visual já começou

Fala, mundo. O audiovisual está em constante mutação, e quem não acompanha a onda fica para trás. Em 2025, o jogo não é mais só sobre estética impecável ou tecnologia de ponta – é sobre conexão real com o público, autenticidade e novas formas de capturar atenção.

Seja por meio de câmeras que desafiam a física, da volta do analógico ou da estética surrealista que foge do óbvio, a publicidade visual está passando por uma transformação acelerada. E se você trabalha na área, já passou da hora de entender para onde o mercado está indo.

1. Câmeras em lugares que nunca estiveram

O jeito de filmar mudou. Se antes ângulos estáticos eram padrão, agora pontos de vista inusitados dominam a linguagem visual.

  • Filmagens em FPV drones criam experiências mais imersivas.
  • Lentes compactas e robóticas permitem enquadramentos que antes eram impossíveis.
  • A tendência agora é colocar a câmera no centro da ação – seja no primeiro-personagem ou na perspectiva de um objeto.

O público quer sentir que está dentro da história. Quanto mais dinâmico, melhor.

2. O analógico está mais vivo do que nunca

Pode parecer contraditório, mas no auge da era digital, o filme analógico voltou com força. O motivo? Nostalgia vende.

  • Grãos de filme, texturas e cores naturais trazem um realismo impossível de replicar no digital.
  • Arquivos vintage e estéticas retrô se tornaram atemporais.
  • A autenticidade da película conecta com o público de um jeito que o digital muitas vezes não consegue.

O desafio para 2025? Misturar os dois mundos sem parecer forçado.

3. O documentário é a nova publicidade

Nada conecta mais do que histórias reais. Marcas entenderam isso e estão apostando em narrativas documentais para engajar.

  • Câmeras na mão, luz natural e filmagem crua geram credibilidade.
  • Histórias de pessoas comuns substituem roteiros superproduzidos.
  • A ideia não é mais vender um produto – é criar identificação e gerar emoção.

Se não parece autêntico, o público não compra. Simples assim.

4. Minimalismo na publicidade: menos cortes, mais impacto

Em um mundo acelerado, onde tudo é um bombardeio visual, os anúncios que fazem o contrário se destacam.

  • Comerciais filmados em um único take prendem a atenção.
  • Ritmo mais lento gera curiosidade e faz a mensagem ressoar.
  • Simplicidade bem executada chama mais atenção do que efeitos visuais exagerados.

Enquanto todo mundo quer ser disruptivo, ser simples pode ser a jogada mais inteligente.

5. O poder das cores saturadas

Nada de paletas neutras e desaturadas. 2025 é o ano dos tons vibrantes e contrastantes.

  • Cores não são apenas estética – elas contam histórias.
  • Monocromáticos evocam intimidade, enquanto tons vibrantes criam energia.
  • A influência do cinema e da cultura pop tornou a identidade visual das marcas mais expressiva.

Pense em campanhas que brincam com cores fortes, como a estética da A24. A nova regra é clara: se não for visualmente memorável, está errado.

6. Surrealismo e o escape da realidade

A previsibilidade cansa. Marcas que ousam com efeitos surreais e cenários impossíveis capturam a atenção do público de um jeito único.

  • Estéticas oníricas, espaços abstratos e distorções visuais criam experiências imersivas.
  • Elementos visuais inesperados transformam anúncios em peças artísticas.
  • O público está pronto para narrativas que fogem do óbvio.

Se a ideia é prender o espectador, o realismo puro não é mais suficiente.

7. O desejo por uma vida sem telas

Sim, falamos de inovações tecnológicas até agora. Mas, ao mesmo tempo, cresce uma tendência oposta: a valorização da vida offline.

  • O público quer ver mais natureza, relações humanas reais e experiências autênticas.
  • O marketing precisa equilibrar tecnologia com um toque de “vida real”.
  • O exagero digital gerou uma fadiga, e agora marcas inteligentes estão resgatando o essencial.

2025 será um ano onde a hiperconexão digital convive com um forte desejo de desconectar.

O que tudo isso significa?

O audiovisual comercial está se tornando mais imersivo, autêntico e ousado. Quem continuar fazendo mais do mesmo, vai ficar invisível no meio do ruído digital.

O jogo agora é entender o que engaja de verdade. Seja pelo impacto visual, pela forma como uma história é contada ou pelo nível de conexão emocional, as marcas que saírem na frente serão aquelas que ousarem pensar diferente.

O mercado mudou. A pergunta é: você está mudando com ele?